O Sindicato dos Policias Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF) realizou na sexta-feira (13) a terceira assembléia do ano para tratar do reajuste salarial e a categoria decidiu por greve a partir desta segunda-feira (16), às 8h. Desta vez, além da diretoria, parlamentares e centenas de policiais, estiveram presentes representantes das entidades de classe da Polícia Federal que se unem ao movimento da PCDF. A assembléia aconteceu, como de costume no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade.

      A categoria decidiu ainda que irá participar da passeata que será realizada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (18), às 10h iniciando em frente ao edifício sede da PF, passando pelo Ministério do Planejamento e finalizando em frente ao Palácio do Planalto. A PF também reivindica reajuste salarial que foi prometido ano passado e não foi cumprido.

     O presidente do Sinpol/DF, Wellington Luiz explicou que o movimento grevista tomou força por conta da demora do envio da mensagem de reajuste salarial pelo governador José Roberto Arruda. “Isso deveria ter sido feito no primeiro mês do ano, para que não haja atrasos, pois ainda há a tramitação no Governo Federal”. Nos anos anteriores a maior demora para o envio da mensagem ocorreu no dia 17 de janeiro.

      Wellington disse ainda que na assembléia do dia 30 de março, a categoria decidiu dar prazo ao GDF e caso não fosse enviada a mensagem até a última sexta-feira, entrariam em greve. “Precisamos que ele (Arruda) envie a mensagem ao presidente da República, e por enquanto, isso não foi feito”. Wellington disse que Arruda deve estar com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef na próxima quarta-feira (18), “mas até as atividades estarão suspensas”.

     O presidente do Sindepo, Mauro Cezar reforçou a necessidade do envio da mensagem imediatamente: “ano passado o documento foi encaminhado em janeiro e apenas no segundo semestre do ano recebemos o reajuste”. Mauro falou ainda da importância em estarem unidos à Polícia Federal e pediu que todos participem do movimento conjunto com a PF na quarta-feira.

      O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Vinício Wink afirmou que o momento é impar, pois finalmente PCDF e PF se unem. “Temos o mesmo DNA, a mesma raiz. Temos muito em comum e hoje somos vítimas de uma enrolação. Nossos governos prometeram e não cumpriram. Mas a vitória de um, será a de todos”, garantiu Wink. Já o presidente do Sindicato da Polícia Federal em Brasília, Cláudio Avelar afirmou que a reunião que aconteceu na última quinta-feira (12) entre PCDF e PF foi um marco histórico. “Deixamos para trás as mágoas do passado e estamos juntos com a Polícia Civil do DF, que é nossa irmã”.

     Também falaram os presidentes do Sindicato Nacional da PF Joel Mazo, da Associação Nacional de Delegados da PF, Sandro Avelar e João Valderi de Souza, da Fenapef. Todos reafirmaram a importância da participação da Polícia Civil na passeata que será realizada na quarta-feira. Sandro Avelar disse que juntos, as duas corporações são mais fortes e aproveitou a ocasião para elogiar a PCDF: “vocês são a melhor polícia do Brasil e merecem ser tratados como tal”.

      O presidente do Sinpol disse ainda na assembléia que a partir de agora PCDF e PF se comprometeram em buscar seus pleitos juntas, conforme acordado em reunião que aconteceu entre Sinpol, Sindepo e entidades de classe da PF na quinta-feira (12).

    Outro assunto abordado foi a questão do adicional noturno, adicional por insalubridade e vantagens pessoais incorporadas. O Sinpol está com ações em andamento na justiça e está buscando soluções pelo meio administrativo, mas caso não haja solução para o assunto, a categoria pode votar por novas paralisações. “Fiquem tranqüilos, pois, não vamos abandonar essa luta”, afirma o presidente do Sinpol.

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