Na quarta assembléia realizada este ano pelo Sindicato dos Policias Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF) ficou decidida a suspensão da greve iniciada nesta segunda-feira (16). O evento aconteceu no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade nesta terça-feira (17) e contou a presença de mais de 2 mil policiais civis além de toda a diretoria do Sinpol e parlamentares.

      A principal reivindicação da categoria era que o governador José Roberto Arruda enviasse a mensagem ao presidente da República solicitando o reajuste de acordo com a correção do Fundo Constitucional. Tradicionalmente, a mensagem sempre foi encaminhada no mês de janeiro de cada ano. Arruda esteve reunido ainda ontem (16) com o presidente do Sinpol, Wellington Luiz, o vice-presidente, Ciro de Freitas, o presidente do Sindepo, Mauro Cezar e com os deputados Federal, Laerte Bessa e Distrital, Alírio Neto. O governador se comprometeu a entregar pessoalmente o documento à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, nesta quarta-feira (18), contendo  o pedido de reajuste, mantendo o vínculo histórico com a Polícia Federal.

      Diante do compromisso de Arruda com o Sinpol, a proposta foi levada para a categoria que decidiu pela suspensão da greve. Mas, ficou acertado que os policiais civis irão participar da passeata em conjunto com a Polícia Federal nesta quarta-feira (18), saindo da sede da PF, no Setor de Autarquias Sul com destino ao Palácio do Planalto. O movimento será feito desta vez no intuito de solicitar ao Governo Federal a edição da Medida Provisória que concede o reajuste à PCDF e a Polícia Federal também reivindica aumento salarial.

      Wellington iniciou seu discurso agradecendo à categoria pela postura que tiveram: “em pouco mais de um dia vocês fizeram um movimento que muitas categorias no Brasil gostariam de fazer. Tudo foi feito com coesão e responsabilidade. Não tenham dúvida que nossa união resultou em vitória”.

      PARLAMENTARES – O presidente da Câmara Legislativa do DF deputado Alírio Neto disse antes de ser político é policial civil e que tem compromisso pessoal com a categoria. “Sou apenas um instrumento para abrir as portas de negociação onde for solicitado, estou à disposição da categoria”.

      Laerte Bessa, que estava em reunião com representantes dos Ministérios do Planejamento e Justiça, disse que o governo Federal está demonstrando boa vontade e reconhece o documento que indica percentual aos policiais federais, porém existe preocupação quanto ao impacto que acarretaria no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O governo Federal reconhece a ligação umbilical entre a PF e a PCDF, e garante que a Polícia Civil não será esquecida nas negociações que irão acontecer”.

    Participaram ainda da assembléia extraordinária o deputado Milton Barbosa e presidente do Sindepo/DF Mauro Cezar.

      DIREÇÃO-GERAL – O Sinpol repudiou a atitude do diretor-geral da PCDF, Cléber Monteiro por ter afirmado que aqueles policiais que aderissem a greve teriam seus pontos cortados. “Não vamos admitir, de forma alguma que um movimento legal tenha feridas. Pedimos aos nossos sindicalizados que informem ao sindicato qualquer tipo de atitude nesse sentido”, afirmou Wellington.

      A imprensa divulgou que o diretor disse ainda que o movimento iniciado pelo Sinpol teria conotação política. “Na verdade a indicação dele para o cargo de diretor-geral foi política, talvez por isso, ele ache que tudo na polícia é dessa forma. Mas se houver ganhos para a categoria ele será beneficiado duplamente, uma porque seu salário também será reajustado e segundo porque terá policiais estimulados e satisfeitos”, finaliza o presidente.

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