Do Jornal de Brasília

Os lideres de uma organização criminosa, autodenominada de “Comboio do Cão”, foram presos na tarde da última sexta-feira (9) em Ceilândia. O chefe do grupo, Fabiano “Pará” Sabino Pereira, 33 anos, e o seu braço direito, Flávio “Mico” Ferreira da Silva, 39 anos, estavam saindo de uma casa na QNR 3 quando a polícia chegou para realizar o mandado de busca e apreensão. Dentro da residência, de propriedade de Fabiano, foram encontrados 155kg de maconha, 50g de cocaína e insumos para mistura, uma balança digital de precisão, um carregador estendido para pistola e um veículo. Os dois já tinham antecedentes criminais.

O delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Rodrigo Bonach, salientou que o grupo é considerado de altíssima periculosidade e já vinha sendo investigado há 5 meses. Eles eram responsáveis pelo intenso tráfico de drogas nas regiões de Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo e Recanto das Emas, além de serem suspeitos de vários roubos e homicídios. Os criminosos eram conhecidos por cobrar violentamente os seus devedores e desafetos. “Eles planejavam cometer um homicídio neste final de semana contra um inimigo que foi beneficiado pelo saidão das festas juninas”, afirma Bonach.

A quantidade de droga apreendida custa aproximadamente R$ 280 mil e provavelmente seria repassada a traficantes menores. O delegado explica que a maior parte da maconha prensada vem das fronteiras do Paraguai, onde os criminosos supostamente teriam contatos. “É uma das maiores apreensões desse ano”, admite o delegado.

Em uma outra residência na QNP 24, vinculada ao Flávio, foram encontrados uma pistola Glock 9mm e carregadores e cartuchos de munição para pistola. Ao todo, foram apreendidos aproximadamente R$ 3,2 mil em espécie na posse de ambos. A dupla foi autuada em flagrante e indiciada pela prática dos crimes de tráfico, associação para o tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo, munições e acessórios de uso restrito ou proibido. Caso condenados, eles podem cumprir de 11 a 31 anos de prisão.

O líder Fabiano estava em liberdade provisória e já tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma. Já Flávio possuía uma ficha criminal bastante extensa de 27 inquéritos contra ele, além de um mandato de prisão por tentativa de homicídio. Os crimes de Flávio variavam: furtos qualificados, receptação, dano qualificado, roubo, desacato, parcelamento ilegal de solo e posse ilegal de arma.

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