Do G1-DF

Ação apreendeu 20kg da droga. Grupo vai responder por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e associação para tráfico de drogas.

lícia Civil do Distrito Federal apreendeu na quarta-feira (22), 20kg de cocaína de uma organização criminosa que importava a droga do Paraguai. A operação foi chamada de “enigma” em função da dificuldade de identificar o líder do grupo, que sequer tinha passagens na polícia.

A prisão aconteceu na BR-060, que liga Brasília à fronteira brasileira com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul. A abordagem policial ocorreu momentos depois do trio ter feito um depósito bancário no valor de R$ 40 mil, que a polícia acredita ser de origem da venda de drogas.

Foram apreendidas também cinco veículos, três armas e uma balança de precisão. De acordo com o delegado Rodrigo Pires, da delegacia de Coordenação de Repreensão a Drogas, a cocaína percorria um longo caminho até chegar ao DF.

“A droga era fabricada na Bolívia, comprada por traficantes do Paraguai que as revendiam para interceptadores em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul e, então, chegava ao DF”, disse o delegado.

O grupo utilizava carros para fazer o transporte da droga de Ponta Porã para o Gama. Eles a escondiam no painel do veículo e em alguns casos, como é possível ver no vídeo, escondiam na protetor de caçamba.

A organização criminosa era formada por três homens. Dois articulavam a venda e o outro era responsável pelo transporte das drogas. Eles mantinham uma chácara no Novo Gama que servia de demonte dos carros e armazém das drogas.

Pires acredita que o grupo era um dos principais responsáveis pelo tráfico de cocaína no DF e entorno. “Estimamos que em 2016 eles comercializaram mais de 500 quilos de cocaína no DF. Isso daria algo em torno de R$ 10 milhões”, afirmou.

Uma das táticas do grupo para “lavar” o dinheiro da venda das drogas era investir em imóveis e carros. “Eles eram inteligentes, não ostentavam e faziam muitos investimentos. O líder do grupo estava construindo um barracão que seria alugado para uma atacadista”, contou Pires.

Os integrantes da quadrilha foram indiciados por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e associação para o tráfico, podendo ser condenados a uma pena de 9 a 38 anos.

Histórico
Esta é a segunda operação de apreensão de cocaína realizada pela CORD em fevereiro. Neste mês, 37 quilos da droga foram retirados das ruas pela polícia. Para o delegado Pires, a ação da polícia ajudará no combate à venda de drogas no carnaval.

“É uma apreensão importantísima nessa época, porque tiramos de circulação drogas que seriam consumidas nas festividades”, disse.

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