Do G1-DF

Empresário afirma que acesso fácil de ladrões gerava risco a funcionários e clientes, além do prejuízo financeiro. Em 2016, todos os tipos de roubos e furtos cresceram no DF.

Após uma sequência de dez assaltos em um curto período de tempo, um empresário do Distrito Federal investiu R$ 20 mil para instalar uma porta giratória na porta da loja que administra (veja vídeo). O sistema é idêntico ao das agências bancárias, com detector de metais e urna para depositar os objetos que trancariam a porta.

A loja de bebidas fica no centro de Taguatinga, e funciona 24 horas por dia. “A proposta foi o cliente ter acesso ao produto e se sentir seguro, aqui dentro. Nós, também, como família que trabalha aqui há 21 anos, nos sentirmos seguros”, afirma o comerciante Wiliam Martins.

Nesta sexta (13), a secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar, classificou Brasília – em referência a todo o Distrito Federal – como “uma das cidades mais seguras do mundo”. A declaração foi dada durante a divulgação dos dados de criminalidade de 2016, que aponta crescimento em todas as modalidades de roubos e furtos, e o menor índice de homicídio em 32 anos.

“Brasília segue sendo uma das cidades mais seguras do mundo. Estes crimes que aumentam a sensação de insegurança já foram debelados [reprimidos]. Estamos conseguindo começar 2017 com queda em todos os índices”.

Dados do relatório mostram que os crimes contra o patrimônio – roubos e furtos a pedestres, carros, ônibus, casas e comércios – pularam de 1,7 mil para 2,1 mil, para cada grupo de 100 mil habitantes.

Durante a coletiva, Márcia também minimizou os quatro casos de roubo seguido de morte registrados na cidade em janeiro. Só nos primeiros 11 dias do ano, foram vítimas de latrocínio um taxista em Brazlândia, uma professora no Gama, um idoso no Itapoã e um homem em Taguatinga.

“Isso é um fenômeno e não uma tendência. Não podemos encarar esses números isoladamente”, afirmou Márcia. De acordo com a secretária, em três dos quatro episódios os criminosos foram presos.

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