Do Jornal de Brasília

Um homem acusado de ter cometido um latrocínio – roubo seguido de morte – em abril deste ano, em Santa Maria, foi detido durante uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta terça (24). Enquanto cumpria o mandado de prisão pelo latrocínio, decretado pela Justiça, a corporação encontrou cerca de 7,5 kg de maconha e R$ 65 em espécie na casa do suspeito, que foi preso em flagrante, no Condomínio Porto Rico, em Santa Maria.

No momento da prisão, Lucas Ferreira, 19 anos, confessou o crime, a posse da droga, além de munições calibre 38 e 22, que foram encontradas debaixo de uma cama. “O suspeito alegou que a droga seria de uso pessoal e para o tráfico de drogas”, conta o delegado da 33ª DP, Rodrigo Larizzatti.

Em depoimento à Polícia Civil, Lucas confessou ter saído de casa, no dia 16 de abril, com mais três comparsas, sendo um menor de idade, com a intenção de roubar. Poucos antes do crime, o grupo, que estava armado, teria abordado um veículo que havia uma mulher e uma criança de, aproximadamente, 2 anos. Por conta da presença do bebê, eles teriam desistido da ação. Em seguida, os quatro abordaram outra vítima, que também estava em um carro. Antônio Luiz Carlos, 42 anos, tentou reagir ao assalto e entrou em luta corporal com os suspeitos. Nesse momento, Lucas efetuou um disparo contra a vítima, atingindo-a no tórax. Antônio não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A bala chegou a atravessar e acabou acertando uma terceira pessoa, que não teve ferimentos graves.

O criminoso alegou que o disparo da arma de fogo teria acontecido acidentalmente, após o trabalhador entrar em luta corporal com o mesmo. “Essa é uma alegação inacreditável, até porque quem sai de casa para praticar um roubo com um revólver carregado, está assumindo o risco de ter que fazer o uso da arma, caso alguma vítima reaja”, afirma Larizzatti.

Após o crime, Lucas contou ainda que fugiu sem levar o veículo porque se assustou com o ocorrido. Ainda de acordo com as informações do delegado, não é necessário que ocorra um roubo para que se trate de um latrocínio. “Basta que haja morte durante a execução de um assalto. Esses estão entre os criminosos mais perigosos existentes na sociedade”, completa. Ainda durante o interrogatório, o jovem contou que se desfez da arma na tentativa de não ser localizado.

O delegado ainda informou que, caso alguma vítima reconheça Lucas Ferreira, é importante comparecer à delegacia para denunciá-lo. O autor do crime foi encaminhado para a 33ª DP, onde foi autuado e irá responder por latrocínio, tráfico de drogas e posse de munições. Se condenado, ele poderá cumprir, pelo menos, 26 anos de reclusão.

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