O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) recebeu um abaixo-assinado com 300 assinaturas de moradores das imediações do Setor de Clubes Esportivos Norte denunciando irregularidades no evento Na Praia, às margens do Lago Paranoá. Depois disso, o órgão instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a iniciativa.
Segundo informações do MPDFT, após o recebimento da denúncia, houve uma fiscalização no local. Durante a perícia, profissionais do órgão identificaram alguns problemas, como carreamento de areia para o Lago Paranoá, excesso de produção de lixo na região – a coleta passou de 500 para 800 toneladas diárias –, poluição sonora e problemas de tráfego.

O Ministério Público confirmou que em 16 de julho foi realizada uma reunião com os produtores do evento, os moradores da região, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Polícia Militar, a Administração Regional de Brasília, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Ao final do encontro, todas as partes chegaram a um acordo e se comprometeram a colaborar para que tudo corra bem até o encerramento do evento, previsto para 8 de agosto.

Providências

A partir de agora, os organizadores do Na Praia devem providenciar a separação do lixo seco e do orgânico, a medição sonora nos dias de festa e o ordenamento do trânsito no local. É prevista ainda a doação das 400 toneladas de areia e as palmeiras do evento aos parques públicos da cidade.

A Assessoria de Imprensa do evento informou que a relação com os moradores e com o MPDFT têm sido amistosa e que o ruído produzido, agora, está dentro do estabelecido pela fiscalização. Na semana passada, inclusive, os organizadores da iniciativa teriam recebido cartas de moradores gratos pela mudança.

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