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Especificidade da carreira policial foi levantada pelos dirigentes de entidades que compareceram ao encontro (Foto: Arquivo Pessoal)

Da Comunicação Sinpol-DF

A diretoria do Sinpol-DF participou na manhã desta terça, 25, de uma reunião com o secretário nacional da Previdência, Marcelo Caetano, para tratar da aposentadoria dos servidores públicos policiais em meio ao avanço das discussões em torno de uma provável Reforma da Previdência.

O encontro foi viabilizado pelo deputado federal João Campos (PRB-GO), que também é delegado de polícia, e contou com a participação de diversas associações e confederações nacionais, além sindicatos e entidades representativas de carreiras policiais de todo o país.

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Durante duas horas, os representantes apresentaram dezenas de argumentos aos técnicos demonstrando a especificidade da carreira policial, tais como a exposição diária ao perigo, a sobrecarga de trabalho, a falta de efetivo, o adoecimento e morte precoces, os casos de suicídio, a falta de valorização profissional, as escalas de trabalho, a falta de reconhecimento profissional por parte do governo e da sociedade, entre tantos outros.

ENVELHECIMENTO

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Governo reiterou argumento do déficit da previdência para justificar a reforma

Ainda na reunião, os representantes do governo destacaram que o envelhecimento da população tem levado a um cenário de déficit no regime previdenciário, tanto da iniciativa pública quanto privada. Ressaltaram também os movimentos de reforma já realizados em outros países, sobretudo na Europa.

O secretário Marcelo Caetano afirmou que as alterações no atual regime de previdência são inevitáveis. Ele afirmou que vê uma necessidade de convergência e adiantou que é provável que todos sejam incluídos na reforma – ressaltando, no entanto, que vai haver regra de transição.

Segundo ele, a proposta do governo ainda não está concluída, mas é provável que seja encaminhada ao Congresso Nacional ainda este ano. Caetano pontuou ainda que o impacto da medida seria aferido somente entre 2040 e 2050.

Já o deputado federal João Campos ratificou que a cobrança das entidades representativas é solicitar do governo uma maior inclusão das categorias policiais nos debates técnicos e políticos para a construção da proposta de reforma.

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Representantes de entidades de classe de todo o país participaram da reunião

Ainda durante a reunião, as entidades apresentaram uma série de argumentos que justificam a aposentadoria diferenciada dos policiais, ressaltando que características como o estresse, a tensão e a constante exposição ao perigo são inerentes à profissão policial.

PARTICIPAÇÃO

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho” e a segunda vice-presidente da entidade, Marcele Alcântara, representaram os policiais civis do Distrito Federal no encontro.

Além do DF, também foram representados os profissionais de polícia de estados como Santa Catarina, Goiás, Pernambuco, Acre, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, todos filiados à Cobrapol. Os policiais militares, rodoviários e federais também foram representados por diversas entidades de classe.

E, além do secretário nacional, também acompanharam a reunião o Diretor do Departamento de Regime Geral de Previdência Social, Emanuel de Araújo Dantas; a coordenadora Geral de Legislação e Normas, Eva Batista Rodrigues; e Marina Andrade Sousa, do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público.

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